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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Comentário das respostas dos orientadores

ATIVIDADE IV

COMENTANDO AS RESPOSTAS DA ORIENTADORA FRAN RODRIGUES PROPOSTAS POR MIM



1. Como Laymert faz distinção entre cibernética e cultura digital?

Enquanto cultura digital, para Garcia, compreende apenas a midiatização e digitalização da cultura, a cibercultura ou cultura cibernética engloba toda a reconfiguração do mundo e do pensamento sobre o mundo. Laymert Garcia busca no termo cibercultura uma diferenciação para evidenciar que não se trata de viver, agora com o aparato digital, as mesmas coisas que já vivíamos antes. Ele quer evidenciar uma ruptura com o tradicional e a existência de modificações estruturantes da sociedade, do homem e do conhecimento que produzimos.

2. Laymert, em sua entrevista, fala do déficit de pensamento dos brasileiros sobre o potencial da nova cultura em que vivemos, citando que os brasileiros ainda não perceberam as mudanças que vêm ocorrendo. Porque isso acontece?

E é a não compreensão dessas mudanças, ou da dimensão delas, que faz com que o Brasil se encontre nesse "deficit de pensamento" ao qual Laymert refere-se. Não é que não estejamos pensando a respeito, mas que tais questões ainda não extrapolaram a discussão teórica. Penso que há, no Brasil, um abismo entre a percepção intelectual acerca das mudanças do mundo e sua aplicação na política e na economia. Nesse âmbito prático, seguimos com as cartilhas euro-americanas, sem nos dar conta que elas são inadequadas para a atualidade, o que poderia ser facilmente identificado tendo em vista as grandes crises em que se encontram esses países.



3. A respeito da associação de diferentes linguagens, Laymert diz que: “...Não faz sentido, num momento que está todo mundo tentando ver justamente as conexões transversais, você está defendendo o seu território, que é território disciplinar, que já morreu no moderno.” Comente esta afirmação.

Quanto à afirmação: “Não faz sentido, num momento que está todo mundo tentando ver justamente as conexões transversais, você está defendendo o seu território, que é território disciplinar, que já morreu no moderno", o autor o diz a respeito das reservas de mercado e da compartimentalização que persistem entre os profissionais brasileiros. Num contexto histórico que tende às mais amplas conexões e que a todo tempo desafia a eficácia dos muros e fronteiras - inclusive geográficas -, muitos ainda defendem seus compartimentos, teóricos e práticos, como territórios de dominação, de posse. Isso certamente ocorre por medo de que, abrindo-se ao novo, haja perda do poder simbólico que as pessoas encontram no suposto conhecimento enraizado pela experiência e pelo tempo. Contudo, o fazem sem perceber que esse enraizamento já não é válido, ou não suficiente, para a dinâmica atual.


COMENTÁRIOS:

Fran, as questões foram respondidas de forma clara e coerente, fazendo com que o leitor compreenda o conteúdo. Gostei muito da resposta da questão 1, você conseguiu expressar exatamente a ideia do autor ao dizer que Garcia quer evidenciar uma ruptura com o tradicional e a existência de modificações estruturantes da sociedade, do homem e do conhecimento que produzimos. Na questão 2, acredito também que os brasileiros também devem deixar de seguir modelos de outros países e construir sua própria cartilha. A questão 3 esclarece todo o pensamento do autor.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Comentários da Entrevista de Marcelo Tas

Discutindo entrevista de Marcelo Tas no livro Cultura Digital.com

1. O entrevistado diz que valorizamos demais o termo digital, quando tudo é cultura. Ao falar sobre isto ele chama a atenção para dois polos, a superstimação e a subestimação da tecnologia. Trace um paralelo entre as ideias do entrevistado com as ideias de Lucia Santaella, no texto discutido em nosso alongamento, quando ela se refere a definição de mídia.

R.: Santaella nos diz em seu texto que as mídias são apenas meios de comunicação, que servem apenas para transmissão de informações. Já Marcelo Tas em sua entrevista, diz que as mídias são ferramentas muito importantes e estimuladoras. Na entrevista ele faz críticas às pessoas que criticam o avanço tecnológico por medo do desconhecido, principalmente das pessoas mais velhas, que demonstram resistência quanto ao uso das mesmas, e faz críticas também às pessoas que colocam as tecnologias em primeiro plano, onde o uso das ferramentas tecnológicas estão sempre a frente das pessoas em si. Segundo Marcelo as pessoas confundem bastante o modo de usar as mídias. O ideal é que as pessoas façam uso das mídias de forma a criar sua própria história, sem se preocupar com audiências, ibop, mas sim com o real sentido que este uso fará a sua vida.

2. Discuta esta relação com a afirmação do entrevistado: "Inventou-se a motocicleta e a gente fica falando do pneu, do aro, do banquinho e não falar da viagem que a gente tem para fazer com a moto." (pp. 234).

R.: Marcelo Tas nos faz um alerta quanto a essa transição em que passa as tecnologias. Conhecer coisas novas é realmente fascinante, no entanto é preciso que tomemos cuidado para não vangloriar muito as ferramentas tecnológicas e deixar de lado o que é realmente o mais importante: o conteúdo.

3. O que é relevância e discernimento, defendidos pelo entrevistado.

R.: A relevância, segundo Marcelo Tas, é aquilo que o autor acredita ser mais importante em seu conteúdo e que fará com que seu trabalho seja reconhecido. Já o discernimento deverá ser um caminho orientado para a real situação, pois nem sempre aquilo que se pensa é, ou acontece. “O discernimento é um produto bastante precioso nessa era de gigantescas montanhas de informação. Sem ele, a gente fica navegando à deriva.”

4. Na entrevista Marcelo Tas fala sobre educação, função de professor e a tecnologia. Discuta o pensamento dele, vinculando-o com outro autor da área de educação.

R.: Para Marcelo Tas, a educação vêm sofrendo diversas mudanças, e uma delas é o papel do professor que deixa de ser um "detentor" do saber e passa a transferir o saber. O mundo hoje é cheio de informações, TVs, rádio, internet transmitem informações muito rápido e o professor deve juntamente com todos esses aparatos e seus alunos "construir" o conhecimento. Esse mesmo pensamento é defendido por Guilherme Canela Godoi, coordenador de comunicação e informação no Brasil da Unesco, braço da ONU dedicado à ciência e à educação no trecho de sua entrevista à revista Veja: ”O que tem acontecido - e acho que isso é positivo, se bem aproveitado - é que a relação de poder professor-aluno ganha uma nova dinâmica com a incorporação das novas tecnologias. Isso acontece porque os alunos têm uma familiaridade muito grande com essas novidades e podem se inserir no ambiente da sala de aula de uma maneira muito diferente. Assim, a relação com o professor fica menos autoritária e mais colaborativa na construção do conhecimento.”

5. "Então a gente já vive imerso nesta gelatina de informação e cada pessoa tem o seu filtro, sua maneira de se relacionar com isso." (pp 241). Comente esta afirmação tendo por base a caracterização da cultura digital ou cibercultura em Lucia Santaella.

R.: Segundo Santaella, na cultura digital há uma maior fragmentação, resultado de uma busca individualizada pela informação e um aumento sem precedentes de produção e circulação. Na era digital há um ritmo acelerado nas mudanças tecnológicas e junto com ele vêm diversas conseqüências positivas e negativas, onde se adquire os dígitos, que se tornou uma linguagem universal e os sistemas se tornam cada vez mais híbridos. E cada pessoa deve fazer a sua seleção. O que é mais importante pra minha vida? Que valores poderei adquirir com isto? O que realmente faz sentido pra mim? Buscando soluções neste sentido, cada pessoa estará fazendo seu próprio filtro, selecionando e discernindo.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Discussão do texto Da cultura das mídias à cibercultura: o advento do póshumano Lúcia Santaella "AS TIC'S E A SOCIEDADE"

As TIC’s estão sempre presente da mais simples à mais complexa atividade, levando-nos a pensar o que o futuro nos guarda a nível de Tecnologias de Informação e Comunicação. A sociedade está em constante transformação, valores se desfazem ou se modificam, dissolvem-se fronteiras e descobrem-se as coisas, as gentes e as idéias, trazendo assim, diferentes implicações sociais em que emergem novas formas de participação dos cidadãos, e busca sensibilizar as pessoas, cada vez mais, para questionar, intervir e realizar de forma autônoma a apropriação das novas ferramentas tecnológicas. O seu uso no sistema educativo deve visar um horizonte de atuação dos professores que não se limita à simples melhoria da eficácia do ensino tradicional ou à mera utilização tecnológica escolar, através dos meios informáticos. É indispensável ter presente a utilização das TIC’s na educação porque estas consistem em escolarizar as atividades que têm lugar na sociedade, procurando adaptá-las aos seus objetivos.

Li um texto muito interessante de Luis Manuel Borges Gouveia "A humanização das tecnologias de informação" e gostaria de compartilhar.

Discutindo...

Entende-se como cultura todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade. Com base no texto de Lúcia Santaella, podemos identificar as formações das eras culturais em: cultura oral, cultura escrita, cultura impressa, cultura de massas, cultura das mídias e cultura digital. A cultura das mídias teve início dos anos 80 com uma mescla de meios e linguagens preparando o terreno para uma escolha de consumo individualizado. Já com a cultura digital há uma maior fragmentação, resultado de uma busca individualizada pela informação e um aumento sem precedentes de produção e circulação. Na era digital há um ritmo acelerado nas mudanças tecnológicas e junto com ele vêm diversas conseqüências positivas e negativas, onde se adquire os dígitos, que se tornou uma linguagem universal e os sistemas se tornam cada vez mais híbridos. As novas tecnologias de informação e comunicação alteram os processos de comunicação, de produção, de criação e de circulação de bens e serviços, assim, a cibercultura tem estimulado às pessoas a produzir, distribuir e reciclar conteúdos.
A divisão da cultura que Santaella faz em implica num sistema cumulativo, no qual uma nova formação se integra à anterior, usando traços dela, e a modifica. A cultura das mídias, serviu para fazer essa transição preparatória entre a cultura de massa e a cultura digital.